No parapeito da minha janela
Tem um vaso raso, vazio de flores…ao descaso
E descuidado…debruçado nela…eu divago
Apago mil rumores…me atraso
Do lado de fora a hora passa
O tempo voa
Juro..aqui dentro tento
Levar numa boa
Nessa condição de sábio
E ignorante…assim
O coração se abre
E cabe diante de mim
O tanto que me faz sentido
E não abro mão
Do branco…preto…colorido
Dessa confusão
Quebro a cara…me arrebento todo
Chego ao fundo
Da minha inconsequência
Sento no topo do mundo
E na rara plenitude
Pude…posso tudo
Amo saber amar
Quero querer amar…tudo